Crítica ao exercício de Corte, Dobra, Luz e Sombra

 Fotos de Natália Cunha Gonçalves


    O trabalho de corte e dobra de Natália revela um objeto muito interessante pois, não é somente uma folha de papel amassada, há uma clara preocupação com a forma tomada pelo papel, notada, principalmente, pela percepção de um um núcleo no objeto, com maior profundidade ao centro. Tais fatores contribuem para formação de sombras que chamam a atenção e geram uma comparação entre a primeira foto e a terceira pois, a mudança, provavelmente, da posição da fonte de luz tornou possível que o mesmo objeto se apresentasse de maneira contrária, sendo, na primeira imagem, com centro mais escuro formando um degrade até bordas mais claras, e na terceira o efeito de extremidades mais opacas e uma região central com tons mais claros. Ademais, a primeira foto foi minha preferida porque dá uma sensação de que outro material, como um tecido, foi utilizado na composição, o que é bem legal!
    No entanto, alguns fatores não favoreceram a apresentação das fotos e do objeto. A foto posicionada ao meio, que permite a identificação do objeto completo, fornece uma dimensão, não tão perceptível nas duas primeiras, da forma como a folha de papel foi manipulada de modo que suas pontas se projetassem para cima, o que eu gostei bastante, contudo, ao lado das outas duas imagens, a fotografia desta ficou com uma qualidade inferior, no sentido de explorar as sombras, que ficaram tão interessantes. Além disso, há uma leva diferença de tons entres as fotos, a primeira mais acinzentada e as demais um pouco amareladas, que as desconectam e quebram um pouco a fluidez da imagem como um todo. 
    No geral, eu gostei muito da ideia e execução da Natália!


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