Visita ao Inhotin
Na última quinta-feira, dia 20/10, realizamos uma visita ao Inhotin, o museu a céu aberto de arte contemporânea que fica em Brumadinho. Durante a manhã fomos em grupo realizar a observação da galeria que havíamos previamente escolhido. Ao chegarmos na galeria de Doug Aitken ela estava em manutenção, mas, durante a tarde, conseguimos realizar nosso objetivo.
A galeria de Doug Aitken, à primeira vista, surpreendeu com o minimalismo de sua instalação, a arquitetura trazia um espaço circular que parecia estar “incrustado” na terra, suas paredes eram todas de vidro o que porém não permitia a vista do exterior ou interior em todos os pontos, dependendo da posição o vidro era visto fosco, somente no ponto central era possível ver toda a paisagem. Além disso, não havia muitos elementos no interior além de um buraco no meio da sala responsável por toda a proposta da instalação, era nele em que haviam microfones que captavam os sons da terra para serem amplificados dentro da galeria. Ao adentrar a sala o som logo nos invadia e tomava toda nossa atenção, foi surpreendente a sensação da vibração do ruído em nosso corpo, o que tornou a obra muito única.
Nosso grupo observou como foi agradável fazer os desenhos de observação no local, o ruído da terra amplificado gerava uma concentração e tranquilidade muito favorável ao desenho e à permanência no local, nesse sentido a obra foi bastante sensitiva. Em conclusão, enxergamos a obra como contemplativa em sua essência, sua função principal é a contemplação do som, e a arquitetura mínima colabora com o foco na audição, sem muitas distrações visuais, fato que integra muito a obra ao seu local de exposição. De certa maneira, á um filtro do exterior para o interior da instalação, que promove a concentração nos sons da terra. Além disso, a sua arquitetura, vista externamente, cria uma sensação de que a exposição saiu debaixo do solo, devido a presença de rochas ao redor, isso faz com que sua integração como ambiente e a natureza do exterior seja sútil, pois não há grande contraste com o local e ela se encaixa perfeitamente no relevo, porém, claramente não há a intenção de se camuflar com seus arredores.
Grupo: Júlia Mundin, Júlia Dester, Hugo Marini, Vinícius Alexandre, Hugo Marini, Flávio Carvalho, Victor Cesar.
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